Pesquisa inédita revela realidade tecnológica das Defensorias Públicas, premia destaques e encerra 1º CNTI.Def 27/06/2025 - 14:48

Goiás, São Paulo e Rio de Janeiro foram os principais destaques da Pesquisa Nacional de Gestão de Tecnologia nas Defensorias Públicas Estaduais, revelada nesta sexta-feira (27), em Foz do Iguaçu. Pela primeira vez, um estudo mapeou o cenário de transformação digital nas instituições, com indicadores, estratégias adotadas e a premiação dos estados mais avançados. O projeto é uma iniciativa da Coordenadoria de Tecnologia do Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (Condege) e da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR). 

A divulgação da pesquisa encerrou o 1º Congresso Nacional de Tecnologia e Inovação das Defensorias Públicas (CNTI.Def), realizado junto ao 4º Enastic Defensorias - Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça. Clique aqui e confira também a cobertura completa do evento no site da DPE-PR

“Essa pesquisa será um dos principais instrumentos para gestores e gestoras de todo o país, permitindo que cada um entenda sua realidade, a das demais Defensorias e troque experiências”‘, afirmou Matheus Munhoz, coordenador nacional de tecnologia do Condege e defensor público-geral do Paraná. inicialmente, os resultados estarão disponíveis somente para defensores(as), servidores(as) e equipes internas. 

A pesquisa tem três pilares: coletar e compartilhar informações; criar métricas-chave; e premiar os destaques em relação à execução digital e ao modelo operacional adotados. Para identificar as Defensorias mais avançadas, o estudo aplicou a metodologia Digital Execution Scorecard (DES), que analisa as prioridades de estratégia constatadas em cada instituição. Todos os dados trabalhados na pesquisa foram fornecidos pelas próprias Defensorias.

A DPE-SP levou o primeiro lugar na categoria Plataforma Digital. Já a DPE-GO, destaque nas três categorias, levou o reconhecimento máximo em Operação Digital. Por fim, em Estratégia Digital, o primeiro lugar foi para a DPE-RJ

Para o representante da Gartner e um dos responsáveis pela pesquisa, Giovanni Pengue, o estudo inédito representará um importante mecanismo de avanço no tema. “Cada Defensoria precisa, antes de tudo, definir qual é a sua ambição digital. Essa ambição direcviona qual estratégia deve ser adotada. A partir desse entendimento, esta pesquisa pode auxiliar na identificação de oportunidades de melhoria, possibilidades de colaboração, melhoria da gestão e controle do orçamento”, explicou ele.

Defensoria 2035 e próximo congresso

Para fechar o CNTI.Def, a primeira defensora pública-geral do Paraná, Josiane Lupion, leu um manifesto produzido ao longo dos três dias de evento sobre o futuro da Defensoria Pública e como os participantes do congresso vêm o trabalho da instituição nos próximos 10 anos.

O atual defensor público-geral agradeceu a colaboração de todos os envolvidos com o congresso, sobretudo a J.Ex, empresa parceira do evento. “Ficou claro neste evento o que as Defensorias querem com a tecnoloia e a inovação. Já estamos ansiosos para 2026, quando o congresso será ainda maior, com mais integração e conexão. Nossa interação vai mudar a partir deste encontro, seguiremos avançando, e o conhecimento proporcionado é o que mais importa”, disse Munhoz.

A próxima edição do CNTI.Def já tem lugar: Mato Grosso, sob a liderança da defensora pública-geral e atual presidente do Condege, Maria Luziane Ribeiro de Castro.

A realização do evento no Paraná contou com a parceria da Associação das Defensoras Públicas e Defensores Públicos do Estado do Paraná (Adepar), da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e da Itaipu Binacional.

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