Termo sinaliza compromisso com a luta pacífica pela reforma agrária 03/03/2017 - 15:10

Um termo de compromisso entre autoridades, representantes de entidades de defesa dos direitos humanos e membros da sociedade civil foi firmado nesta sexta-feira (3) durante uma audiência pública no município de Rio Bonito do Iguaçu, região Centro-Sul do estado.
O evento foi convocado pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal para resolver conflitos agrários na região, em especial, para discutir a situação entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a empresa Araupel. O MST quer o assentamento de mais de 3 mil famílias acampadas na região.
A Defensoria Pública do Paraná foi representada pela coordenadora do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH), Camille Vieira da Costa. O evento acabou virando também um ato simbólico e político em favor da pacificação no campo. Diversas autoridades, como senadores, deputados, prefeitos e outros políticos da região estiveram presentes na cerimônia.
Segundo o termo de compromisso divulgado após o evento, 17 integrantes do MST foram vitimados em conflitos agrários na região – isso desde 1993. A grande maioria desses casos de violência cometida contra agricultores e assentados ainda não transitou em julgado, ou seja, não teve sentença definitiva.
O documento firmado na audiência pública também destacou o esforço dos sem-terra e da Araupel em buscar o diálogo. Entretanto, defendeu a garantia dos direitos básicos dos agricultores, como o direito à ampla defesa, em liberdade, e o direito à manifestação pacífica.