Terceira etapa do concurso para Defensores(as) Públicos(as) do Paraná foi marcada por nervosismo e esperança 17/10/2022 - 15:56

Aconteceu entre os dias 13 e 15 de outubro a 3.ª fase do IV Concurso para Defensores(as) Públicos(as) do Paraná, com a realização da Prova Oral. De quinta-feira (13) a sábado (15), 73 candidatos(as) passaram por uma Banca Examinadora e foram questionados(as) sobre temas de diversas áreas do Direito. Os(As) examinadores(as) avaliaram os(as) candidatos(as) quanto ao domínio do conhecimento jurídico, o emprego adequado da linguagem, a articulação do raciocínio, a capacidade de argumentação, o uso correto do vernáculo, a postura e dicção.
“Posso dizer que estamos positivamente surpresos com o nível de conhecimento apresentado pelos candidatos e candidatas, o que só indica que o futuro da DPE-PR é ainda mais promissor do que se imagina”, destacou a Subdefensora Pública-Geral do Estado e Presidenta da Banca Examinadora do Concurso, Olenka Lins e Silva.
Clima de nervosismo deu lugar à esperança
No primeiro dia de provas, realizadas no campus da UniSantaCruz, no bairro Santa Quitéria, o clima era de nervosismo antes do início da prova. À medida que deixavam o local de prova, candidatas e candidatos se sentiam aliviados, e contaram como foi a avaliação e sobre suas esperanças de se tornarem defensoras e defensores no Estado do Paraná.
“A prova foi tranquila. Eu estava muito nervosa no começo, mas os examinadores foram muito solícitos, muito acolhedores. Deixaram claro que estávamos sendo avaliados, mas era para ficar com tranquilidade. Então, isso me fez ficar bem tranquila”, contou a candidata Ana Carolina de Araújo Mesquita, a primeira a sair. A carioca de 29 anos diz que deseja ser defensora pública por causa do impacto social que a carreira provoca. “O defensor público pode, com seu trabalho, ser um megafone das demandas das pessoas hipossuficientes, ouvir a população, ir ao local em que elas vivem, para que seja possível que seus direitos sejam assegurados”, resumiu.
Já a baiana Alana dos Santos Teles escolheu ser defensora pública depois de estagiar na Defensoria Pública da Bahia e na Defensoria Pública da União. Foram essas experiências que fizeram-na perceber seu amor pela instituição. “Eu escolhi ser defensora pública porque sempre me encantei com a instituição. Quando eu tive contato com a Defensoria Pública, eu percebi que meu coração batia mais forte e era isso que eu queria fazer da minha vida”.
Perguntada sobre por que quer deixar Feira de Santana e vir para o Paraná, ela responde: “É uma Defensoria Pública pela qual eu me encantei, em especial, estudando e acompanhando as notícias do site e do Instagram, e vendo a forma de atuação da Defensoria Pública do Estado do Paraná, que, ainda que seja uma Defensoria Pública nova, pequena, que, infelizmente, ainda não está em todo o Estado, é uma Defensoria Pública que encanta. Eu me apaixonei pela Defensoria Pública daqui!”.
O candidato Adalberto Biazotto Junior já se sente em casa no Paraná. Formado pela Universidade Estadual de Maringá, foi nessa cidade que o hoje juiz substituto em São Félix do Araguaia (MT) constituiu família, e é para onde espera voltar em breve como defensor público. “A Defensoria Pública Estadual do Paraná é uma instituição recente, mas é uma instituição atuante, uma instituição que promove os direitos humanos. Tenho um carinho muito grande pelo Estado do Paraná”. Sobre a profissão, para ele, ser defensor público foi um desejo que foi sendo construído. “Quando ingressei na faculdade, não tinha tanto conhecimento sobre a instituição. Fui tomando contato com a Defensoria Pública, com a promoção dos direitos das minorias, e tenho esse desejo imenso de ajudar essas pessoas hipossuficientes, vulneráveis, na concretização do acesso material à Justiça”.
Concurso deve terminar ainda este ano
O defensor público-geral da DPE-PR, André Giamberardino, comemorou a chegada da última etapa do concurso com a expectativa de que a entrada de novos(as) defensores(as) possa expandir o acesso à Justiça no Paraná. “Nós estamos muito felizes com a conclusão deste concurso. Chegamos à última fase, junto com a prova de títulos, de um concurso que acabou sendo muito prejudicado por conta da pandemia desde 2019. É o quarto concurso que a Defensoria do Paraná realiza, e a gente espera que seja um grande marco na história da Defensoria e do Estado do Paraná, para levar a Defensoria para a população que mais precisa do acesso à Justiça em nosso Estado”.
A primeira etapa do concurso aconteceu em março, com a realização da prova objetiva. A segunda etapa foi de prova dissertativa, realizada em maio. A previsão de conclusão é até o final de 2022.Participaram da Banca Examinadora da Prova Oral, além da 1.ª subdefensora pública-geral, Olenka Lins e Silva, os defensores públicos Henrique de Almeida Freire Gonçalves, Matheus Cavalcanti Munhoz, Nicholas Moura e Silva, João Victor Rozatti Longhi, Tiago Bertão de Moraes, Rodolpho Mussel de Macedo e Maurício Faria Junior.