Projeto de inclusão da Defensoria do Paraná é reconhecido como exemplo em Congresso Nacional sobre Direitos das Pessoas com Deficiência 06/09/2023 - 15:54

Um projeto da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) voltado à promoção dos direitos da pessoa com deficiência ganhou destaque ao receber o prêmio de 3º lugar na categoria Práticas Exitosas no Congresso Nacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência - um evento promovido pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP) e pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPE-SP). 

O projeto premiado é o “Curso de capacitação sobre a pessoa com deficiência – conceitos e boas práticas de atendimento”, que leva o conhecimento sobre o tema a defensores(as), servidores(as) e estagiários(as) da DPE-PR em todo o estado com o objetivo de eliminar preconceitos, estereótipos, estigmas e discriminações nos atendimentos a esta população. 

Coordenado pela Assessoria de Projetos Especiais (APE) da Defensoria, o trabalho é realizado por Flávia Portela, assessora para Assuntos de Acessibilidade e Inclusão da DPE-PR e uma pessoa com deficiência visual. A iniciativa foi apresentada na última terça-feira (06/09) em São Paulo com o título “A promoção de capacitação como ferramenta de eliminação de barreiras atitudinais na Defensoria Pública do Estado do Paraná”.

“Nós escrevemos um artigo explicando essa prática da capacitação e eu apresentei como funciona tudo. Foi muito satisfatório vermos que, além de termos conseguido o terceiro lugar, há um grande interesse de outras Defensorias em conhecer nossa experiência com esse trabalho, querendo saber como são as dinâmicas de sensibilização, as dinâmicas por categorias de deficiência”, afirmou ela. 

A assessora já percorreu, ao longo deste ano, 11 das 15 regionais da Defensoria localizadas no estado, realizando a capacitação com o público interno da instituição. “A gente entendeu que é uma prática exitosa por ser uma ação de baixo investimento financeiro, por termos um impacto imediato, uma contribuição para uma sociedade mais inclusiva, para uma sociedade menos capacitista, porque a ação não se finda na capacitação. O foco é que seja aplicado para os assistidos com deficiência, mas todo o conhecimento adquirido vai ser levado por essas pessoas para fora da Defensoria. É uma prática de fácil replicação”, comentou ela. 

De acordo com Matheus Munhoz, coordenador da APE, a DPE-PR já recebeu contatos de outras instituições querendo replicar a capacitação em outros estados. “Hoje, além de nós termos o nosso Plano de Ação de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa Com Deficiência, lançado pela DPE-PR no ano passado, também já estamos tendo reconhecimento externo e tudo isso tem o objetivo único de acolher, de divulgar [as iniciativas] para que cada vez mais as pessoas com deficiência reconheçam a Defensoria como uma instituição acolhedora e inclusiva”, explicou.