Otimismo e concentração marcam entrada para prova dos candidatos do concurso da Defensoria Pública do Paraná 20/03/2022 - 14:05

O clima da chegada dos candidatos do concurso para defensores públicos e defensoras públicas do Paraná foi marcado por um grande otimismo e por muita concentração. O tempo ameno, sem o calor tradicional desta época do ano, colaborou para que o desgaste fosse menor, principalmente, daqueles que não moram em Curitiba, sede da primeira etapa do concurso, e precisam chegar ainda mais cedo para aguardar a abertura dos portões. Hoje aconteceu o IV Concurso para Defensores e Defensoras Públicas do Paraná. A prova aconteceu em três universidades em Curitiba.
Nas rodas de conversa e estudos antes da prova, o tema principal era o frio na barriga, o nervosismo, mas também a esperança de iniciar uma carreira na Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR). É o caso do Jean Carlo da Silva, 30 anos, candidato de Bandeirantes, do norte do Paraná, que chegou antes do meio-dia na região da UniSantaCruz, no Novo Mundo, em Curitiba. Lá foi um dos três locais que receberam os candidatos para realização da prova. “Faz alguns anos que estudo para concurso, tento mais para magistratura, mas tenho achado o trabalho da Defensoria Pública muito interessante. Agora estou com aquele frio na barriga”, contou.
Já a candidata Stephanie Yamaguchi, 29 anos, é moradora de Santos (SP) e veio do litoral paulista à Curitiba para tentar realizar o sonho de trabalhar como defensora pública. “Eu estudo há quase três anos e, como estagiei na Defensoria Pública lá em Santos, conheço bem o trabalho. Estou nervosa até porque a gente viaja sozinha. Tem tudo isso”, explicou. Ela lembrou a importância da instituição para ajudar quem mais precisa. “Tem que ter vocação. É uma carreira muito bonita”, afirmou Stephanie.
Em geral, quem pode contar com os serviços da Defensoria são pessoas com renda familiar de até três salários mínimos. Em alguns casos, no entanto, qualquer pessoa pode solicitar os serviços da Defensoria Pública, independentemente de renda, principalmente, quando os casos não precisam de acionamento na Justiça.
Atender essa faixa de renda da população é uma das características da instituição que atrai candidatos, que procuram, além de uma boa remuneração e estabilidade, a satisfação pessoal em dar assistência a quem mais precisa, como são os casos da Regiane Garcia, 29 anos, e Cintia Gomes, 40 anos. A primeira, de Chapadão do Sul, no Mato Grosso do Sul, contou que o caminho em concursos começou em 2019, mas o foco sempre ser defensora pública. “Focada mesmo estou há três anos estudando. Espero que dê certo aqui. A carreira na Defensoria é meu sonho. É o lugar que me vejo”, disse.
Cintia é advogada, mora em Curitiba, mas tem a origem em Salvador (BA). É a primeira vez que ela faz a prova da defensoria. “O que me encanta é assistir quem não tem condições. Não é uma carreira fácil, mas toda profissão tem seus desafios”, afirmou Cintia.