Núcleos da Defensoria e EDEPAR promovem curso de direitos e cidadania para catadoras de material reciclável 27/04/2018 - 15:02

Nesta quinta-feira (26), a Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná (EDEPAR), em conjunto com os Núcleos da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH), de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher (Pró-mulher) e de Política Criminal e Execução Penal (NUPEP), realizou o “Encontro de Educação e Direitos em Cidadania” com as catadoras de material reciclável. O encontro também contou com a participação da professora Cintia Tortato, do IFPR.

O evento teve o objetivo de divulgar os serviços prestados pela Defensoria, como também orientá-las sobre os seus direitos, em relação à violência de gênero e sobre temas envolvendo a universo das catadoras. O encontro foi resultado do projeto Escola Cidadã, que busca aproximar a Defensoria dos grupos mais vulneráveis da nossa sociedade. Para a coordenadora da EDEPAR, Flavia Palazzi, o curso foi um sucesso, pois muitas catadoras sequer sabiam que tinham esses direitos. “Essas mulheres certamente irão orientar outras mulheres da comunidade, servindo de porta voz para multiplicar o conhecimento”.

Segundo a coordenadora do NUCIDH, Cínthia Azevedo Santos, o evento possibilitou que essas mulheres tenham condições de lutar pelos seus direitos. “É uma forma das pessoas se reconhecerem como cidadãs, como sujeitos de direito, para que elas possam lutar. A defensoria está nessa luta para que as pessoas possam buscar seus objetivos”.

O encontro marcou o primeiro mês de atuação do Pró-mulher, com uma palestra sobre a violência contra a mulher, doméstica e familiar. Segundo a defensora coordenadora do Pró-mulher, o evento contribuiu para o empoderamento dessas mulheres. “Foi muito importante para elas entenderem que elas são também agentes de transformação, que elas também podem ir atrás de seus direitos. Elas têm o direito ao acesso à justiça, elas têm onde buscar e como se esclarecer, e a Defensoria possui um papel fundamental nisso”.

O debate realizado pelo NUPEP abordou a importância da mobilização comunitária para combater violações de direito. Segundo o coordenador do núcleo, André Ribeiro Giamberardino, houveram diversas reclamações das catadoras em relação à violência policial.  Para ele, é importante que as pessoas busquem a Defensoria para articular denúncias e tomar previdências, tanto em relação à violência policial como no âmbito do sistema prisional.

O defensor geral Eduardo Abraão também compareceu ao evento e ressaltou a importância da participação das mulheres nesse projeto de educação em direitos. “Este é um dos papeis da Defensoria, não só prestar assistência jurídica mas também promover o conhecimento em direitos e cidadania”.

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