Novembro Azul e o combate ao Câncer de Próstata
04/11/2020 - 17:44

De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), um homem morre a cada 38 minutos em razão da doença.
Estamos no mês de novembro e celebrando a campanha do Novembro Azul, criada para que a prevenção, possível diagnóstico e tratamento do câncer de próstata sejam lembrados e realizados. A campanha surgiu na Austrália, em 2003, já que o dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata.
No Brasil, o Instituto Lado a Lado pela Vida trouxe a campanha para conscientizar e quebrar o preconceito masculino de ir ao médico e cuidar da saúde. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino que pesa, aproximadamente, 20 gramas e fica abaixo da bexiga.
O câncer é diagnosticado quando essa glândula aumenta. Na fase inicial é difícil notar os sintomas, mas em estágio avançado, o homem pode sentir vontade constante de urinar, sentir dor ao urinar e notar a presença de sangue, além de dor óssea, geralmente nas costas.
Além da prevenção geral, alguns homens são considerados do grupo de risco, como os que possuem mais de 50 anos de idade, os que possuem casos da doença na família, hábitos alimentares errados como a ingestão de gordura e falta de verduras, vegetais e frutas, além do sedentarismo e excesso de peso. Ainda, segundo campanha realizada em 1998, no Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo, foi constatado que homens negros têm maior incidência de contrair o câncer devido a fatores genéticos.
O Brasil aponta que nos anos de 2020, 2021 e 2022, uma média de 66 mil casos são e serão descobertos em cada um deles. Até maio deste ano, 15.576 homens morreram, vítimas do câncer, considerado o segundo mais comum no país, ficando atrás somente do câncer de pele, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
A única forma de prevenir, é realizando o exame físico, conhecido como toque retal, ou pela exame laboratorial, que verifica a dosagem do Antígeno Prostático Específico (PSA). Se notado o aumento da glândula ou o PSA alterado, o paciente deve se submeter a uma biópsia para verificar a existência de um tumor e se ele é maligno.
Caso seja constatada a malignidade, outros exames laboratoriais deverão ser realizados para descobrir o tamanho e a presença ou não de metástases, que é quando o câncer domina outras partes do corpo. O tratamento depende muito do estágio em que ele se encontra, podendo crescer lentamente e ser monitorado, ou mais agressivo e necessitar de radioterapia, cirurgia, terapia hormonal, dentre outros tratamentos.
Como todos os exames de prevenção e tratamento são importantes e muitos brasileiros não possuem o conhecimento para saber o que é o câncer ou condições de custear o tratamento, a Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) atua, institucionalmente, através de atendimentos jurídicos. Conforme previsto na Constituição Federal de 1998, a DPE-PR tem o dever de prestar a orientação jurídica, promover os direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados. “A atuação institucional da Defensoria Pública em prol da concretização do direito à saúde, significa prestar o atendimento jurídico para a obtenção gratuita de medicamentos, cirurgias, tratamentos, benefícios ou outras medidas necessárias à defesa dos direitos conforme os parâmetros estabelecidos na Constituição Federal de 1988”, explica o defensor público-geral do Estado, dr. Eduardo Abraão.
Além disso, incumbe à Instituição, a educação em direitos prevista no artigo 4º, parágrafo III, da Lei Complementar nº 80/1994, que: Organiza a Defensoria Pública da União, do Distrito Federal e dos Territórios e prescreve normas gerais para organização nos Estados, e dá outras providências “Não se pode entender tal função como a mera informação sobre direitos, e sim como prestar auxílio à população para sua conscientização, garantindo o verdadeiro acesso à Justiça e às regras básicas que fundamentam qualquer relação para que se constitua uma sociedade politicamente organizada”, finaliza dr. Eduardo.
Texto: Paola Fressato