No último domingo (06/02), a Defensora Pública Coordenadora do Núcleo da Política Criminal e da Execução Penal (NUPEP), Andreza Lima de Menezes, participou de uma ação promovida pela Pastoral Carcerária e pela Frente Estadual pelo Desencarceramento no Paraná junto a quem está na fila para visitar pessoas privadas de liberdade no Complexo Penitenciário de Piraquara.

Uma vez por mês, representantes destas entidades se deslocam até as dependências do Complexo para prestar apoio a familiares e acompanhantes de pessoas em privação de liberdade, com fornecimento de lanches, empréstimo de roupas adequadas (de acordo com o que é exigido pela direção da unidade penal) para a realização das visitas e outras orientações.

De acordo com a defensora, a participação na ação do último domingo teve como objetivo acompanhar e entender melhor como funcionam as visitas. Na ocasião, ela também prestou orientação jurídica, especialmente sobre os direitos dos visitantes, e explicou o funcionamento da Defensoria Pública do Estado do Paraná, do NUPEP e do Setor de Execução Penal às pessoas presentes.

A defensora ainda recebeu denúncias de três visitantes que não conseguiram entrar na Penitenciária Feminina de Piraquara por causa de agendamentos realizados em horários inexistentes, situação que já foi encaminhada à direção da unidade.

O que mais chamou a atenção da defensora foi “a total falta de condições” para os visitantes aguardarem o momento da visita. O local não conta com um espaço de acolhida, o que traz grandes dificuldades especialmente para os acompanhantes (que acompanham os visitantes, mas não entram nas penitenciárias), que esperam do lado de fora enquanto os visitantes estão nas unidades prisionais, e não dispõem nem mesmo de banheiros.

“Foi importante para conhecer o universo das pessoas que têm seus familiares presos, conhecer suas condições de vida, suas dificuldades. São pessoas que muitas vezes se sacrificam, percorrem centenas de quilômetros, vindos do interior do estado, e relatam até mesmo dificuldades financeiras para realizar a viagem. Conheci uma parte desse universo e pretendo conhecer ainda mais como funcionam essas visitas”, avalia.