EDEPAR e NUCIDH realizam lançamento de cartilha sobre a Consciência Negra em colégio estadual 13/11/2018 - 12:40

O lançamento da cartilha “Semana da Consciência Negra” ocorreu na última segunda-feira (12) no Colégio Estadual Professora Dirce Celestino do Amaral, localizado no bairro CIC. Quatro turmas do 1° e 3° ano do colégio assistiram a palestra de lançamento durante a manhã. O evento contou com a fala da defensora pública Dra Cinthia Azevedo Santos, coordenadora do NUCIDH - Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública do Paraná, Alice Santos de Souza, assistente social do Centro de Atendimento Multidisciplinar da DPPR, e da professora Célia da Silva, graduada em Direito, aluna do curso de Defensores Populares e ativista negra.

Segundo a Dra Cinthia Azevedo, “há algum tempo o NUCIDH queria trabalhar com a temática da população negra e com a chegada do mês de novembro, que tem o dia da consciência negra, pudemos fazer isso de uma forma temática.” A cartilha é fruto de uma parceria do NUCIDH com a EDEPAR – Escola da Defensoria Pública do Paraná e conta com a descrição do que é discriminação étnico-racial e alguns exemplos de ações afirmativas.

O colégio no CIC foi escolhido para sediar a atividade pois está localizado em um bairro que a Defensoria Pública já atende a população. A Dra Cinthia afirma que “foi um dia bem legal, em que os alunos puderem ter contato com a cultura, direito e leis. Aparentemente eles gostaram. E para a defensoria é mais uma forma de inserir conteúdos de direitos humanos dentro das escolas e comunidades.”

A assistente social da Defensoria, Alice Santos, afirma que “é importante a divulgação na escola pública porque os adolescentes têm pouco acesso a essas informações.” Ela ainda complementa que mesmo com a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira nas escolas, são poucas as que realmente lecionam sobre isso. “Então, a nossa cartilha contém informações bem importantes da cultura africana e afro-brasileira e conseguimos na divulgação contextualizar, tirar todas as dúvidas e dar acesso a informação,” disse ela.

Marcelo Gonçalves Marcelino, professor de sociologia do ensino médio do Colégio Estadual Professora Dirce Celestino do Amaral, conta que “quando alguém vem até o colégio falar sobre o movimento negro, os movimentos sociais e também da questão que envolve os aparelhos jurídicos, pra gente é uma satisfação porque os alunos têm a oportunidade de ter esse contato com um conhecimento que eles não têm.” Marcelo também conta que o ideal seriam essas atividades ocorrerem mais vezes durante o ano, pois assim “casaríamos com o que estamos conversando e dialogando em sala de aula.”

Acesse a cartilha aqui.

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