DPE-PR inaugura Sede Central de Atendimento 22/05/2019 - 16:40

O evento marca a inauguração oficial da unidade, que presta atendimento desde janeiro deste ano
A manhã desta quarta-feira (22), ficou marcada pela inauguração oficial da Sede Central de Atendimento da Defensoria Pública do Estado do Paraná. A unidade, que realiza cem atendimentos diários nas áreas da família, cível, fazenda pública e execução penal, está em funcionamento desde janeiro de 2019.
A cerimônia solene contou com apresentação do Quarteto da Banda de Música da Polícia Militar e a performance artística do Quarteto de Cordas Camerata Antíqua de Curitiba. Compuseram a mesa diretiva do evento o defensor público-geral, dr. Eduardo Abraão, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, o juiz Marcio Tokars, representando a Associação dos Magistrados do Paraná, o deputado estadual, Tadeu Veneri, o assessor especial da governadoria, Alex Sandro Noel Nunes, o defensor público Carlos Augusto Silva Moreira Lima, representando a Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Paraná, o defensor público Erick Lé Ferreira, coordenador do CAM e o monsenhor Carlino Parente de Alencar, da Catedral Basílica Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba. Entre os presentes, estavam membros, servidores, estagiários e funcionários da DPPR, além de outras autoridades do Estado.
A Defensoria Pública do Estado do Paraná atua desde 2011 na garantia de assistência jurídica integral e gratuita àqueles que não podem custeá-la. Atualmente, está presente em 17 comarcas do estado. De forma a melhorar a prestação de atendimento, a Instituição, que até meados de 2018 era sediada na Rua Cruz Machado, agora conta com a Sede Administrativa, localizada na Rua Mateus Leme desde maio passado, e a Sede Central de Atendimento, que está na Rua José Bonifácio, número 66.
“O prédio foi todo restaurado, para que possa receber a população da cidade. O atendimento ficou melhor, o espaço conta com melhores acomodações para a população e o problema da fila foi resolvido”, conta o defensor público-geral, dr. Eduardo Abraão. O imóvel, que fica no centro da cidade e com fácil acesso, tem uma estrutura impecável: são quatro pavimentos, com espaço suficiente para atender o público com qualidade e agilidade.
Estrutura sólida e destinação social
Em seu discurso, o defensor público-geral destacou a melhora na estrutura física da instituição que, recentemente, recebeu novas instalações nas cidades de Cascavel, Ponta Grossa, Maringá e Londrina e, em breve, inaugurará uma nova sede em União da Vitória. Ele também reforçou o papel que a sede exerce no marco central da capital:
“Há um tempo, quem passava pelos nossos arredores percebia que este era o trecho menos reluzente do precioso marco zero de Curitiba. Hoje, podemos verificar que à beleza rara da nossa catedral, une-se este imponente berilo vermelho que agora sedia nossa Defensoria e que proporciona verdadeira revitalização deste ponto da formosa Praça Tiradentes.
Com a presença da Defensoria Pública, o comércio local está mais sorridente e é visto e visitado por uma quantidade maior de pessoas. Com os cuidados que precisamos tomar com as estruturas do prédio, a Defensoria colabora com a preservação do patrimônio público e ajuda a contar a história da nossa cidade.
No fim das contas, o que significa isso? Significa que a Defensoria Pública, ao se estabelecer neste recinto, promove verdadeira destinação social à propriedade.
Nossa presença no local, além de facilitar o acesso das pessoas às nossas instalações, fomenta o comércio, traz mais vida ao coração de nossa capital e contribui para contarmos e preservarmos a nossa história. Enfim, é a Defensoria dialogando com o município e acolhendo de forma afetuosa os seus munícipes.”
História do edifício
O local é um prédio histórico em Curitiba. Construído em 1898, foi erguido para sediar o comércio “Hauer & Irmão”, popularmente conhecido como Ferragens Hauer. Posteriormente, foi demolido para a construção do novo prédio, que abrigaria com mais comodidade a família e a loja. A estrutura contava com 3,5 mil metros quadrados de construção. O piso e acabamentos eram feitos com madeira do tipo imbuia.
Cem anos após a inauguração, um incêndio se alastrou pelo edifício. As instalações foram destruídas e as atividades tiveram de ser encerradas. A reforma começou apenas em 2012, após a venda do prédio em um leilão. A obra foi feita sob a supervisão do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC).
Na parte de fora, a estrutura foi restaurada, deixando-a mais parecida possível com a fachada construída em 1898. Já na área interna, praticamente tudo foi reconstruído do “zero”, como a estrutura, o piso e as escadas. Além disso, o prédio passou a ter quatro andares, 4,5 mil metros quadrados de construção e um terraço com vista para os fundos da Catedral Basílica de Curitiba e a Praça Tiradentes.