DPE-PR em Cornélio Procópio realiza pesquisa sobre interação entre escolas municipais e alunos durante a pandemia 04/08/2020 - 17:00

 Mesmo com dificuldades, famílias e professores têm se empenhado para que as atividades sejam realizadas corretamente.

A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) em Cornélio Procópio, por meio da defensora pública, dra. Aline Valério Bastos e do psicólogo Francisco da Silva Reis Filho, realizou uma pesquisa para compreender como está a interação das escolas municipais com as (os) alunas (os) durante a pandemia. Questionários foram elaborados pelo psicólogo e respondidos por pais de estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de Cornélio Procópio, Leópolis e Sertaneja.

 Ao todo, 1.720 pais/responsáveis responderam às perguntas, entre os dias 15 de junho e 03 de julho. Foram abordadas 24 escolas em Cornélio Procópio, 7 em Leópolis e 7 em Sertaneja.

Na Educação Infantil, instituída por crianças entre 0 e 5 anos, foram obtidas 842 respostas. No Ensino Fundamental, 1.050 responderam. Com essas respostas, foi identificado que em relação à internet: 88,5% das (os) alunas (os) possuem rede fixa em casa (Wi-fi) e  9,8% possuem rede móvel (pacote de dados).

Em relação à equipamentos de informática:  14,3% possuem computador de mesa;  26,3% possuem notebook; 91,2% possuem smartphone/celular e 10,1% tablete. Outro ponto questionado na pesquisa foi o uso da internet para fins de aprofundamento do conteúdo enviado pela escola, e 77,6% responderam que revisam o conteúdo na internet e 22,4% não.

Sobre ser favorável às atividades via internet, 61,4% dos pais/ responsáveis responderam que sim. Em relação à quantidade de tarefas entregues, quase 80% responderam que acham adequadas.

Alguns responsáveis também deram depoimento de como é realizar as atividades escolares em casa. “As atividades feitas em casa não conseguem prender a atenção da mesma forma que em sala de aula. As atividades do ensino infantil são de fácil entendimento, mas os pais não são capacitados para a alfabetização. A educação fundamental vem mandando atividades com um pouco mais de complexidade e que deixa nós, pais, com dificuldade na execução, pois temos que entender para depois explicar e muitas das vezes não temos o devido conhecimento sobre a matéria específica enviada”, relatou um pai.

Um problema muito comum, que é a situação de hipossuficiência em casa. “Meu problema é ter só tarefas usando a internet que não tenho em casa, e muitas das vezes não tenho crédito no celular”, desabafou outro pai.

Mas também foram enviados elogios no suporte dado pelos professores. “Somente elogios, as professoras dão o sangue e muitas vezes tiram dinheiro do próprio bolso para realizar o trabalho delas”.

Com esses dados gráficos e depoimentos, os responsáveis pela pesquisa concluíram que há sim dificuldades e adaptações de várias famílias, mas que também, as escolas estão se empenhando para que o ensino chegue da melhor forma até os alunos. “Os professores estão fazendo o melhor dentro das possibilidades que possuem. Sentem-se exaustos muitas vezes. Para os pais não é diferente. Inclusive, imaginamos que este seja um momento em que muitas pessoas estão dando muito valor à educação e aos profissionais da área por toda a vocação, desempenho e comprometimento que lhes são exigidos para desempenho do ofício”, finaliza dra. Aline.

Para acessar a pesquisa na íntegra, clique aqui.

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