A Defensoria Pública do Paraná, através do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH) participou, nesta terça-feira (25), da primeira reunião da Comissão Técnica Multidisciplinar, responsável por acompanhar a situação dos moradores afetados pela obra da Usina Hidrelétrica de Baixo Iguaçu, na região Oeste do Paraná. A comissão tem por objetivo garantir o cumprimento das condicionantes referentes aos impactos socioambientais da construção do empreendimento, que será erguido no leito do Rio Iguaçu, entre os municípios de Capitão Leônidas Marques e Capanema. A reunião, inclusive, ocorreu em Capanema. 

Além da Defensoria Pública do Estado, representada pela coordenadora do NUCIDH, Camille Vieira da Costa, participaram representantes dos agricultores que vivem no entorno do local onde será construída a hidrelétrica, integrantes do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Ministério Público Estadual, entre outros.

Camille explica que entre as funções da comissão está a de buscar uma solução para o impasse entre os moradores e a empreiteira da obra com relação às indenizações referentes à desapropriação dos imóveis particulares que serão ocupados pela estrutura da hidrelétrica. Para isso, está sendo feito um cadastro físico das pessoas que vivem na região atingida pela usina. As assistentes sociais da DPPR em Cascavel Janaína Alves Teixeira e Janete Krack Magnagnagno estão acompanhando esses trabalhos. 

O grupo técnico terá 45 dias, a partir da publicação da portaria que criou a comissão, para apresentar ao presidente do IAP um relatório com informações de reuniões técnicas com empreendedores e donos de áreas afetadas pelo reservatório da hidrelétrica, além dos resultados das vistorias técnicas que serão realizadas nas propriedades.

O impasse na desapropriação e indenização das terras atingidas pela usina de Baixo Iguaçu se arrasta desde 2009, o que vem resultando em ocupações e confrontos. 

Com informações da assessoria de imprensa do IAP.