Mês de conscientização e cuidados, principalmente, com adoção de hábitos saudáveis.

Você sabia que os homens são mais propensos a terem doenças do coração, câncer, colesterol, diabetes, pressão alta, tendência à obesidade e, geralmente, não mantêm hábitos saudáveis? Ainda assim é possível mudar essa realidade e esse é o objetivo do Agosto Azul, uma campanha de incentivo ao cuidado com a saúde do homem que foi instituída no Paraná pela Lei nº 17.099/2012. 

Agosto chega para lembrar que, apesar da pandemia e o receio de ir ao médico, os homens precisam cuidar da saúde. “Infelizmente, muitos se mostram avessos à prevenção e ao autocuidado, buscando atendimento apenas nas fases mais avançadas das doenças, agravando a morbidade, o sofrimento e resultando em uma menor possibilidade de resolução do problema, além de onerar o sistema de saúde”, comenta o defensor público-geral, Eduardo Abraão.

Segundo o defensor, uma política de promoção e orientação voltada ao público masculino motiva a adoção de hábitos de vida saudáveis, assim como fortalece a mudança cultural de realização de consultas periódicas e exames simples, que podem identificar enfermidades ainda em estágios iniciais e são disponíveis na rede pública de saúde.

Importante lembrar que a preocupação vai além da oferta de assistência médica, é preciso trabalhar em ações específicas à população masculina. “A Defensoria Pública, entre tantas atribuições, tem a missão da educação em direitos.  Por isso, uma das políticas públicas promovidas pela instituição é levar informação e conscientização à população a respeito do tema ‘saúde do homem’. Para tanto, são produzidas cartilhas, lives, campanhas e orientação jurídica com o propósito de destacar a importância da realização de exames de prevenção, mas também fiscalização e acompanhamento de tratamentos iniciados”, esclarece.

Ainda de acordo com Eduardo, a Defensoria atua também para que os homens compreendam que saúde é uma questão política.  “É um direito social básico. Autocuidado não se trata de fragilidade e portanto deve ser levado a sério, com cautela e eficácia. Além disso, a DPE-PR busca instituir cooperações com outros órgãos e instituições públicas, a fim de promover e garantir tal direito a todos”

Os homens vivem, em média, 7,6 anos menos que as mulheres. Estes números estão mais ligados aos hábitos de vida do que à genética, ou seja, eles não se preocupam tanto com o bem-estar. Portanto, mudanças de comportamentos e mais acesso à saúde masculina podem mudar este cenário e aumentar a expectativa de vida. “Importante destacar que a Defensoria Pública tem um projeto de lei em andamento, que visa a criação do NÚCLEO DA SAÚDE, que objetivará a promoção de ações coletivas que visem a obtenção de medicamentos e/ou tratamentos, seja via plano de saúde, seja via SUS”, enfatiza.

E lembre-se: Mesmo que o mês de agosto reforce a promoção da saúde do homem, o foco na prevenção de doenças deve ser durante todo o ano.