Abril azul: Mês de conscientização do autismo 08/04/2021 - 11:30

A conscientização sobre autismo é o primeiro passo para construirmos uma sociedade mais compreensiva e acolhedora.

As campanhas de conscientização tornam colorido o calendário da saúde de janeiro a dezembro. As datas estabelecidas têm o objetivo de combater o preconceito e despertar o interesse da população pelo assunto. Desde 2008, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o mês de abril é marcado pela cor azul com a intenção de dar visibilidade ao Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo. Além disso, o autismo atinge 1 em cada 6 crianças, com maior incidência entre os meninos. No Brasil, estima-se que existam em torno de 2 milhões de pessoas com diagnóstico positivo para o transtorno que geralmente é identificado entre os 2 anos e meio a 3 anos de idade.

Diante disto, nota-se a importância da legislação na garantia de práticas que buscam incluir o autista de forma justa e igualitária nos espaços sociais. Atualmente, no contexto legal brasileiro, os autistas possuem direitos e garantias regulamentados.

Um passo importante na legislação brasileira foi a Lei Federal n° 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

De acordo com a Associação Brasileira de Autismo (ABRA), o autismo tem como principais características a dificuldade de estabelecer relações sociais, de consolidar interações, de se comunicar com pessoas que não são do seu círculo familiar e no uso da imaginação.

A campanha do "Abril Azul" tem o papel de conscientizar a população, destacando que o autismo não é uma doença, ou seja, ninguém precisa se afastar de uma pessoa autista. Pelo contrário, é preciso entender para conseguir ajudar e incluir. 

Para o defensor público e coordenador do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos (NUCIDH), da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR), Júlio Cesar Duailibe Salem Filho, é importante conscientizar a população para conseguir eliminar o preconceito. “Como todas as demais formas de preconceito, há a necessidade de mudança de mentalidade e de comportamento da sociedade. Incentivar a participação da comunidade na formulação de políticas públicas  cada vez mais inclusivas voltadas para as pessoas com Transtorno do Espectro Autista e o controle social da sua implantação, acompanhamento e avaliação”, diz o defensor.

A luta pelo fim da discriminação e preconceito contra as pessoas com autismo precisa ser constante. É dever de todos construir uma sociedade inclusiva e acessível, onde pessoas com autismo e outras deficiências tenham oportunidades iguais de acesso à informação, educação, emprego e participação na vida social, política e cultural.

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