18 de Agosto: Dia do estagiário 18/08/2020 - 10:00

Experiência agrega na vida profissional e pessoal de estudantes. 


Sempre que alguma coisa dá errado dentro de uma empresa, a culpa é de quem? Não importa, o primeiro acusado é sempre o (a) estagiário (a). Essa brincadeira é feita com frequência, mas a realidade é que eles (as) são um dos principais pilares de qualquer instituição.

 São eles (as) que diariamente se dividem entre o trabalho e os estudos. Fazem de tudo, desde levantar para buscar xerox, até aprender em cinco minutos qualquer função apenas para salvar a vida do (a) coordenador (a).

Os (as) estagiários (as) estão ali para aprender, mas poucos deles (as) sabem que, atualmente, quem aprende mesmo são os (as) superiores deles (as). Estagiários (as) ensinam sobre paciência, esforço, dedicação e até sobre a modernidade, visto que a maioria deles (as) nasceu em uma era onde a tecnologia impera. 

De acordo com a Lei nº 11.788/2008, o estágio “é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos”, ou seja estagiar contribui para uma melhor formação profissional.

Para homenagear os (as) estudantes pelos serviços prestados dentro das empresas, foi estabelecido em 1982, por meio do Decreto nº 87.497/82, que o dia 18 de agosto seria o “Dia do Estagiário”. O documento também regulamenta a lei existente estabelecendo regras e limites para a atividade.
A Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) conta com estagiários (as) em todos os setores.

Para o Defensor Público-Geral (DPG), dr. Eduardo Abraão, o fato da DPE-PR contar com vários (as) estagiários (as) em sua primeira experiência profissional faz com que os (as) membros (as) e servidores (as) ganhem força e qualidade de trabalho. “Há uma troca positiva e muito interessante para os dois lados, a instituição chega com mais intensidade e eficiência na prestação do serviço e os (as) estudantes adquirem mais conhecimento teórico e prático com base no trabalho diário”, complementa o DPG.

Durante a formação, dr. Eduardo também estagiou e atribui à experiência o fato de ter seguido para a carreira de defensor público. “Foi no estágio que comecei a ter contato com o sistema de assistência jurídica à população de baixa-renda, pois atuava no núcleo de assistência jurídica da universidade, mesmo antes da alteração que trouxe o estágio obrigatório para conclusão do curso. Era ao mesmo tempo um estágio e um serviço voluntário, eis que não havia a previsão de bolsa-auxílio. Então, naquele momento o único objetivo era o de aprender, aumentar o conhecimento e prestar um serviço voluntário à população hipossuficiente”.

Mas e para quem estagia atualmente da DPE-PR, será que a experiência também é fundamental?

Fernando Bianchini acredita que estagiar na Defensoria auxilia no desenvolvimento profissional e pessoal, já que além do aprendizado com profissionais capacitados, o estágio proporciona várias esferas de relacionamentos com o mais variado público, aprimorando o relacionamento interpessoal para o exercício da profissão na área jurídica.

Diante de toda essa relação, uma das mais marcantes é com os (as) assistidos (as), que além de contribuírem com o estágio, proporcionam momentos engraçados acompanhados de aprendizagem. “Uma das diversas histórias engraçadas que vivenciei no atendimento ao público foi a seguinte: Certo dia chamei um assistido para o atendimento e ele entregou um Boletim de Ocorrência. Narrou os fatos dizendo que seus irmãos furtaram sua residência e levaram a comida e diversas outras coisas. Após colher as declarações perguntei se ele teria testemunhas para indicar e ele disse que sim. Quando perguntei o nome ele disse: - Deus. Minha testemunha é Deus, ele sabe de tudo. Continuei o atendimento e expliquei que para dar início a uma ação penal ele precisava apresentar provas e que dentre os tipos de prova existe a testemunha, que são pessoas que tenham visto o que aconteceu. Depois eu acabei rindo da situação, mas esse caso traz a lição de que a DPE-PR não exerce somente a assistência jurídica processual ou psicossocial dos vulneráveis, uma vez que atua na orientação do assistido para saber o que vai acontecer em eventual processo judicial e como deve agir em determinadas situações, devendo ser tratadas com seriedade todas as dúvidas levadas à instituição, por mais inocentes ou engraçadas que sejam”, contou Fernando.

A estagiária Samille de Guarapuava também passou por uma situação engraçada. Um reeducando compareceu à sede para justificar o rompimento da monitoração eletrônica. Na ocasião informou que estava voltando de seu trabalho, a noite, por rua sem iluminação adequada quando caiu em um buraco e acabou rompendo a monitoração e se ferindo. O reeducando pediu apoio da DPE-PR para justificar a falta e tentar revogar o mandado de prisão expedido pela Vara de Execução de Guarapuava. O fato, mesmo que engraçado era verídico e a justificativa foi acatada e o mandato de prisão revogado. Feliz por ter participado desta situação, Samille fala da gratificação em trabalhar na instituição. “Na Defensoria aprendi a superar as minhas inseguranças e a não desaminar diante das dificuldades, de assumir um compromisso comigo e com a população de sempre buscar dar o meu melhor, pois percebi a transformação social que este órgão faz diariamente na vida dos cidadãos mais vulneráveis”.

Cibele Santana entrou recentemente na instituição, mas mesmo assim acredita que o estágio já está lhe oferecendo muito aprendizado. “Meu sonho era realizar estagio aqui, eu aprendo muito todos os dias, além da parte profissional a parte pessoal também. Entendendo o sentido das coisas, conversar com as pessoas entendendo o lado delas, e principalmente lutar pelo direito do outro”.

Mesmo sem contato com o público, estagiários (as) da comunicação também passam por experiências que contribuirão muito para a vida profissional de cada um (a). Thays Cristine é estudante de jornalismo e faz estágio na ASCOM há um ano e quatro meses. No setor, ela é uma das responsáveis pela produção de textos, postagens e entrevistas. Para ela, a oportunidade de estagiar na DPE-PR é única. “É experiência tanto para a formação pessoal, quanto para a profissional. Mesmo não trabalhando diretamente com o público, é possível adquirir uma nova visão de vida. Me sinto completamente satisfeita em poder contar histórias na DPE-PR e orgulhosa por fazer parte de uma Instituição tão grandiosa e essencial para a sociedade”.

Nesta data de 18 de Agosto, a DPE-PR agradece aos (as) estagiários (as) por toda dedicação à instituição e os (as) parabeniza por todo trabalho realizado.

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