10 de outubro: Dia Mundial da Saúde Mental 10/10/2020 - 09:00

A data tem como objetivo promover o bem-estar da mente e o tratamento adequado de pessoas com distúrbios mentais.

Como anda sua saúde mental? Você sabia que os transtornos mentais acompanham a nossa história desde os primórdios e que todas (os) estamos suscetíveis a desenvolver distúrbios? Assim como a data de hoje, esse fato reforça a necessidade de discutir o assunto e tratá-lo com mais empatia.
O Dia Mundial da Saúde Mental foi instituído em 1992 pela Federação Mundial da Saúde Mental. Neste dia, são promovidas ações e palestras de conscientização acerca da importância de cuidar da saúde da mente.

O coordenador do Núcleo da Cidadania e Direitos Humanos, dr. Julio Cesar Duailibe Salem Filho, comenta que o dia nos leva a pensar além do equilíbrio da estrutura físico-orgânica do corpo. “A data chama a atenção para a importância de cuidados pessoais e políticas públicas tendentes a identificar, diagnosticar, prevenir e tratar problemas de saúde mental que têm sido um mal na sociedade”, fala.

Estima-se que quase 1 bilhão de pessoas sejam portadoras de transtornos mentais no mundo. No Brasil, segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 12 milhões de pessoas sofrem de depressão, sendo a maior taxa da América Latina. No entanto, grande parte dos pacientes não tem acesso ao tratamento adequado e a programas de acolhimento, o que pode levar ao agravamento do quadro.

Para o defensor público-geral do Estado, dr. Eduardo Abraão, esse dia nos possibilita refletir sobre nós mesmos. Segundo ele, busca-se cada vez mais a aplicação de serviços abertos e comunitários para garantir os direitos daqueles que, historicamente, sempre foram discriminados (as) e excluídos (as) da sociedade, evitando, assim, as medidas manicomiais. “A luta antimanicomial é a busca de reorientação no que diz respeito à assistência psiquiátrica, mostrando-se extremamente importante para que a dignidade das pessoas que precisam de tratamento psiquiátrico adequado, seja devidamente preservada”, complementa.

Distúrbios mentais como fobias, TOC e síndrome do pânico são doenças como quaisquer outras, que podem ser tratadas e até mesmo curadas. Reconhecer isso é um passo essencial para acabar com o preconceito que rodeia o assunto. O dr. Júlio ressalta, ainda, a participação da sociedade nesse processo: “Interessar-se, conhecer e se inserir de forma qualificada no tema e nas discussões de políticas públicas são condutas que podem reduzir o estado passivo face ao problema e minimizar os preconceitos que geram comportamentos danosos e excludentes”, destaca ele.

A Defensoria Pública, como órgão de promoção e defesa dos direitos humanos, atua extrajudicialmente junto ao poder público e entidades da sociedade civil, bem como judicialmente para a tutela dos direitos. Uma das principais demandas recebidas é o pleito familiar pela internação involuntária da(o) parente com transtorno mental, tema que, segundo o dr. Júlio, “merece uma reflexão maior sobre o encaminhamento mais adequado, seus obstáculos e resultados”.

Coisas para fazer em 40 segundos
O suicídio mata uma pessoa a cada 40 segundos no mundo e, muitas vezes, os transtornos mentais são os responsáveis por isso. Durante esse tempo, é possível:
- ouvir o refrão da música preferida;
- fazer carinho no animal de estimação;
- dar boas risadas;
- compartilhar momentos com pessoas queridas;
- falar “eu te amo”.

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