Foi realizado na última terça-feira (14) o último atendimento do ano do projeto "Defensores nas Ruas", uma iniciativa da Defensoria Pública do Estado do Paraná voltada à população em situação de vulnerabilidade, em especial às pessoas em situação de rua.

Na ocasião, 23 pessoas foram atendidas no salão paroquial da Igreja Senhor Bom Jesus dos Perdões, na Praça Rui Barbosa, centro de Curitiba. Foram realizadas consultas de andamento processual, encaminhamentos para a DPE-PR e para a Defensoria Pública da União, nos casos de dúvidas sobre benefícios sociais e demandas das áreas trabalhista e previdenciária, além de orientações jurídicas de diversas áreas. Todas as pessoas atendidas no evento receberam um kit com produtos de higiene.

Em 2021, o projeto Defensores nas Ruas atendeu 109 pessoas, grande parte delas afetada pelo agravamento da crise econômica. De acordo com o defensor público Vitor Eduardo Tavares de Oliveira, coordenador da iniciativa, muitas pessoas que viviam em moradias alugadas no centro da cidade buscaram a Defensoria por meio do projeto para não serem despejadas; os casos foram encaminhados ao Núcleo Itinerante das Questões Fundiárias e Urbanísticas (NUFURB). O projeto também ajudou a orientar a população sobre o auxílio emergencial (fazendo os encaminhamentos à DPU) e outros benefícios, além de realizar atendimentos sobre segunda via de documentos e acompanhamento de processos na área da Execução Penal (pessoas em cumprimento de pena).

O projeto Defensores nas Ruas surgiu em 2017 e realiza uma busca ativa de pessoas em situação de extrema vulnerabilidade por meio de atendimentos feitos em dois espaços de grande circulação em Curitiba: na Igreja Senhor Bom Jesus dos Perdões e na Casa de Acolhida São José, no bairro São Francisco. Em 2022, segundo o defensor, a ideia é expandir o atendimento para mais lugares.

A equipe do projeto é formada pelos defensores públicos Vitor Eduardo, Antônio Vitor Barbosa e Cauê Bouzon Ribeiro (este último atua em Umuarama); os estagiários Guilherme Tortato e Rafael Morais, a estagiária Amanda Bachmann e a voluntária Julia Moro Bonnet.