Defensoria Pública do Paraná participa de Mutirão Geral de Atendimento realizado na região do Ganchinho, em Curitiba 18/11/2022 - 17:19

O Mutirão Geral de Atendimento realizado pela Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) em parceria com vários órgãos e instituições no bairro Ganchinho, em Curitiba, realizou atendimentos a 60 cidadãs e cidadãos durante todo o dia desta sexta-feira (18/11). Além do atendimento da Defensoria, que atendeu 15 pessoas e realizou duas conciliações na área da Família, a iniciativa também contou com a presença do Ministério Público do Paraná (MP-PR), Fundação de Ação Social (FAS), Secretaria Municipal de Saúde, SESI (Serviço Social da Indústria) do Paraná, Cáritas e Núcleo de Prática Jurídica da Unifacear. O evento foi marcado pela união das instituições para conseguir levar vários serviços em um só lugar e ao mesmo tempo para a população em situação de vulnerabilidade que mora na região. 

São casos como o da trabalhadora doméstica Valdirene Rosa de Jesus, 37 anos. A moradora do Ganchinho está com dificuldade para pagar os valores de seu condomínio, e as parcelas já estão atrasadas. Desconfiada de que os valores são abusivos, ela decidiu ir até o mutirão para conversar com servidores(as) da Defensoria. 

“Eu vim resolver um assunto sobre meu condomínio. Achei que os juros estavam muito altos, e consegui o encaminhamento correto com a Defensoria. Realmente, o valor está errado. Fui muito bem atendida. É muito importante que haja mais mutirões”, comentou ela, que dará prosseguimento ao caso com a equipe da Defensoria que atua no posto da instituição localizado dentro da Assembleia Legislativa do Paraná para tentar resolver a situação extrajudicialmente.  

Para uma das líderes comunitárias do bairro Ganchinho, Maria Regina dos Santos, 51, os serviços reunidos em um mesmo local era o que a comunidade estava aguardando. “O mutirão é de suma importância. Ajuda quem procura auxílio jurídico na Defensoria e o trabalho dos demais serviços. Isso vem ao encontro com a necessidade da comunidade”, comentou.

De acordo com o coordenador da Assessoria de Projetos Especiais da DPE-PR, defensor público Matheus Munhoz, a região do Bairro Novo, onde o Ganchinho está inserido, é a única em cujo Fórum Decentralizado a Defensoria ainda não está presente.

“Nosso trabalho hoje foi um atendimento jurídico geral. A Defensoria Pública atendeu pessoas em várias áreas do Direito. Essa região ainda é desassistida pela Defensoria, pois é a única região em que o Fórum Descentralizado local não conta com a nossa presença. Por isso, nós buscamos fazer o máximo de parcerias para ampliar o atendimento, para que a oferta de serviços pudesse atrair cada vez mais pessoas”, comentou Munhoz. 

O promotor de justiça Régis Rogério Vicente Sartori, da Promotoria das Comunidades do Ministério Público do Paraná, também esteve presente no mutirão, e ressaltou a importância do esforço conjunto realizado pelas instituições.

“Essa união da Defensoria Pública do Paraná e do MP, que nós verificamos que é possível, é fundamental para a população receber orientação jurídica”, explicou o promotor. 

O auxiliar de serviços gerais Mateus Ricardo dos Santos, de 50 anos, contou que, como está há nove anos desempregado, não tinha condições financeiras para fazer um grande deslocamento para ser atendido no centro da cidade. Ele foi ao mutirão para fazer o acompanhamento de um processo que busca suspender a ordem de despejo de sua casa pelo não pagamento das prestações do imóvel.

“Minha prestação da casa da Companhia de Habitação de Curitiba está muito atrasada, e eu vim aqui para pedir ajuda e ver como está o caso”, explicou. 

Fundação de Ação Social

O mutirão aconteceu nas dependências do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Madre Tereza, cedido pela FAS. A Fundação realizou atendimentos na área do emprego e da assistência social. O supervisor regional da FAS no Bairro Novo, Jefferson Portugal Marchiorato, explicou que a política de assistência social trabalha muito com a “territorialização” dos serviços, ou seja, leva as políticas públicas para perto da população, aos territórios em que ela está localizada. 

“Ações como essas repercutem muito positivamente para a população em razão do acesso da comunidade às políticas públicas. Então, trazer todos os serviços, como a Defensoria, o MP, a universidade, é muito importante, também. Tudo isso representa acesso da população às políticas públicas. A política da assistência social trabalha com a territorialização, que é oferecer às famílias em alta situação de vulnerabilidade o acesso aos serviços públicos”, explicou.  

 

 

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