No retorno às aulas, DPE-PR participa da acolhida à comunidade escolar de Cambé 28/06/2023 - 11:02

Uma equipe da Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR) participa, desde a semana passada, da acolhida a alunos(as), professores(as) e toda a comunidade escolar do Colégio Estadual Helena Kolody, em Cambé. Na última segunda-feira (26/06), as assistentes sociais Juscilene Galdino da Silva e Katlin Nayara Bianco, e os psicólogos Kemeli Rodrigues Pivetta, Fábio Eiji Sato, Fernanda Loprete Cury e Ailson Batista dos Santos Junior estiveram presentes no estabelecimento para receber estudantes e profissionais da escola, com a retomada das aulas após o ataque que resultou na morte de dois estudantes, no dia 19 de junho. 

“Agora, o trabalho da DPE-PR não tem sido jurídico. Nós estamos nos unindo às instituições, como a Secretaria de Estado da Educação e Universidade Estadual de Londrina, para fazer a acolhida e ajudar nas questões emocionais. É uma ajuda para superar o que aconteceu. Isso não significa que vão esquecer ou deixar de sentir o que viveram ali, mas é um acolhimento para tentar, na medida do possível, retornar à normalidade”, afirmou a defensora pública Francine Faneze Borsato Amorese, que também participa das atividades. 

De acordo com a Assessora de Assuntos do Interior da Defensoria, defensora pública Aline Valério Bastos, a instituição tem participado de várias reuniões com o Núcleo Regional de Educação de Londrina, responsável pela região de Cambé. 

“Em um primeiro momento, oferecemos os serviços da Defensoria, da equipe técnica que é formada por ótimas assistentes sociais e psicólogas(os). A ideia inicial foi preparar a acolhida para receber a comunidade escolar no retorno. Agora, temos mantido esse suporte e trabalhado para fortalecer a rede de proteção”, afirmou a defensora. 

Equipe técnica

Segundo o psicólogo da DPE-PR em Cambé, Ailson Batista dos Santos Junior, o trabalho da instituição tem ocorrido em conjunto e de modo intersetorial com a rede de serviços socioassistenciais e de saúde mental do município. “Contribuímos no desenvolvimento e na condução de perspectivas de cuidados e de acolhimento, individuais e coletivas, pautadas na ética, em que o afeto e a escuta foram suporte para o retorno da comunidade escolar a um ambiente acolhedor, incentivando a participação das famílias e o combate à desinformação”, comentou.

Ele ainda explicou que, além da acolhida dos estudantes, professores e funcionários, a equipe buscou promover ações que facilitassem o início da retomada das relações sociais e da convivência comunitária com respeito aos direitos individuais e coletivos. “Estão processando ainda, cada um à sua maneira [o ocorrido]. Alguns sentem vontade de falar o que vivenciaram, outros vieram para aula, mas estão mais quietos, estão ali pelos amigos, professores, demais funcionários”, contou a psicóloga Fernanda Cury. 

APAE

Uma preocupação da equipe da Defensoria foi estabelecer também um apoio da equipe técnica às pessoas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Cambé. O estabelecimento fica do outro lado da rua, na frente do Colégio Estadual Helena Kolody, e serviu de refúgio durante os trágicos acontecimentos que vitimaram os dois estudantes. “Nós nos colocamos à disposição da APAE também para articulações e suporte, pois entendemos que, pela proximidade e pelo pertencimento comunitário, a instituição também foi afetada pela situação de violência”, disse.

 

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